Como vestir o ente querido para o funeral
A roupa representa nossa segunda pele e ela também é utilizada para o rito de passagem pela terra em muitas religiões.
25 de março
Os rituais pós-morte preservam tradições distintas e até curiosas. A escolha das roupas e o vestir do ente querido são um dos últimos atos físicos de amor, respeito e cuidado.
No Brasil Colonial, o vestuário da pessoa falecida possuía grande importância, tanto é que no testamento de pessoas de famílias rica era colocada a roupa que deveriam ser enterradas. À época, a crença era de que se o morto não se vestisse adequadamente sofreria consequências.
As roupas usadas, chamadas mortalhas, eram de hábitos de santo, sendo uma das preferidas a de São Francisco de Assis, por significar humildade e despojamento cristão. As mulheres também podiam aderir a vestes de Santa Teresa do Carmo ou Nossa Senhora da Conceição.
No Judaísmo, por exemplo, depois da limpeza, veste-se no corpo uma mortalha de algodão ou linho, composta por calça fechada nos pés, uma camisa, um camisão e um cinto do próprio tecido. Já no Islamismo, a mortalha fica aberta nos pés e na cabeça.
Atualmente, não há uma regra para as vestimentas do ente querido, pois dependerá de alguns fatores, entre eles, se o ente querido deixou expresso seu desejo e até mesmo as condições de cada família. No entanto, é comum que os homens sejam vestidos com terno, enquanto as mulheres possuem uma diversidade de opções como blusa ou casaco, além de saia ou calça.