Perdi uma pessoa amada, e agora?
Os momentos compartilhados, alegrias e sorrisos devem ser lembrados na partida.
25 de agosto
A perda de pessoas queridas mostra que não estamos prontos para lidar com a partida. Familiares ou amigos mais próximos é ainda pior, pois parece que se foi um pedaço de nós.
Embora seja doloroso, é importante saber como proceder diante de um falecimento, principalmente quando é você quem deve assumir a função de amparar os familiares que ficaram.
Mesmo que seja delicado, é necessário falar sobre isso. Pensar e falar a morte, além de preparar nosso psicológico, ajuda a levantar questões importantes para uma vivência saudável, como:
- Estou vivendo da maneira como gostaria?
- Minha trajetória está alinhada ao meu propósito?
- Sou quem gostaria que eu fosse?
- Dedico um tempo para estar presente na vida de quem amo?
Tratar a morte com naturalidade é o primeiro grande passo a ser dado, mesmo antes de vivenciar um falecimento próximo. A dor é inevitável, mas o sofrimento pode ser identificado, respeitado, trabalhado e controlado, ainda mais quando a perda for da pessoa amada.
O susto, a tristeza, a saudade e, muitas vezes, o desespero de perder um ente querido é uma situação comum e deve ser entendida como tal. O importante é tentar manter os membros da família por perto, acolhendo e apoiando cada um em suas especificidades.
Dor não se compara e muito menos deve ser minimizada. Portanto, o que fazer neste momento é olhar para o sentimento do outro com empatia e não pedir mais do que ele pode oferecer naquele período.
Brigar com o sentimento é uma batalha perdida por isso, acolha-o e respeite-o. A melhor maneira de manter a serenidade frente à perda de uma pessoa amada é dando dignidade à vida e a história de quem partiu.
Após a partida, os momentos vividos que permanecem na memória, o afeto cultivado, os valores transmitidos, os feitos, os ensinamentos, o amor. Os abraços e beijos compartilhados podem ser o alento do coração saudoso. Honrar e dignificar a vida de quem partiu é uma forma de mantê-lo sempre vivo na memória e no coração.
Em muitos casos, a dor é tão grande que cuidar dela somente por nós mesmos torna-se inviável ou, mesmo, mais danoso à saúde emocional, ainda mais de uma pessoa amada. Por isso, contar com ajuda psicológica é uma estratégia que deve ser avaliada.
Grupos de amparo ao luto, psicoterapia individual, psicanálise e outras psicoterapias podem ser ótimas alternativas para encontrar o apoio necessário para recomeçar. Afinal, quando pensamos sobre nossos problemas, encontramos um ou dois caminhos possíveis, mas quando falamos sobre nossos problemas, encontramos mil estradas a serem percorridas.